20081104

Homologia


Homologia
“A homologia tem sido uma forte evidência em favor da Teoria da Evolução,
pois ela sugere ancestralidade comum entre organismos diferentes
possuindo estruturas frequentemente semelhantes com a
mesma origem embriológica, embrando que o desenvolvimento
do embrião recapitula parcialmente as origens do organismo.”
O conceito de Homologia, no sentido histórico, foi definido por Darwin em "A Origem dos Espécies" como "o reconhecimento de um plano fundamental nos animais e nas plantas, atribuído à descendência com modificação". A herança de sucessivas pequenas modificações provenientes de um ancestral comum foi uma reação ao ponto de vista extremo da imutabilidade das espécies aceita naquela época. Este artigo procura mostrar que não é contrário ao espírito científico atribuir um plano comum, ou uma estrutura básica estabelecida por um Criador, às semelhanças existentes nos vários ramos dos vertebrados.
Comparando o padrão de construção de diversos organismos, muitas vezes é possível determinar o grau de parentesco e a seqüência evolutiva entre eles. Se compararmos, por exemplo, o sistema circulatório das cinco classes de vertebrados, vamos observar um aumento de complexidade dos peixes para os mamíferos, que é coerente com a evolução dos mamíferos. A embriologia e a anatomia comparadas mostram que nossos braços, as patas dianteiras dos mamíferos e as asas das aves têm a mesma origem embrionária. Os órgãos de espécies diferentes que tenham a mesma origem embrionária, embora apresentem funções diferentes, são chamados órgãos homólogos.
Estruturas homólogas
São estruturas que se podem encontrar em diferentes espécies e que apresentam:
Plano estrutural básico semelhante, ou seja, a forma destas estruturas é muito semelhante (por exemplo, um braço de um humano e a asa de uma ave)
Posição relativa a outras estruturas é semelhante, isto é, o local no organismo onde se encontram determinadas estruturas homólogas, em espécies diferentes, é mais ou menos o mesmo. Provêm do mesmo esboço embrionário, uma vez que o local, no embrião, onde se localizam as células que irão dar origem a estruturas homólogas, em espécies diferentes, é o mesmo;
Antepassado comum próximo, pois, como irá ser esclarecido estas estruturas provêm de espécies que divergiram devido a diferentes pressões seletivas;
Funções diferentes, isto é, estruturas que apresentam todas as características descritas em cima podem ter diferentes funções, embora geralmente essas funções sirvam o mesmo objetivo.
Evolução divergente, isto é, devido às diferentes espécies terem sido sujeitas a pressões seletivas diferentes, adaptaram os seus membros àquilo a que eles eram mais necessários no ambiente em que determinada espécie se encontrava.
A partir destas estruturas podem criar-se séries filogenéticas que são progressivas quando determinada estrutura evolui desenvolvendo-se, ou regressivas, quando uma estrutura evolui, tornando-se mais simples (temos o caso do coração como uma série filogenética progressiva, pois nos mamíferos é mais complexo que nos peixes).
Estruturas análogas
Estas estruturas encontram-se em espécies cujo antepassado comum se encontra muito distante, pelo que o seu grau de parentesco é muito baixo. Elas apresentam:
Padrão estrutural básico diferente, pelo que a forma das estruturas não é semelhante
Posição relativa a outras estruturas pode não ser semelhante
Provêm de um esboço embrionário diferente
Antepassado comum muito longínquo
Evolução convergente, uma vez que, devido a estarem sujeitas às mesmas pressões seletivas, as soluções que a Natureza arranjou para a adaptação das diferentes espécies, são muitas vezes as mesmas. Assim, espécies de origens muito diferentes podem apresentar estruturas que desempenham as mesmas funções. (Temos o exemplo das asas das aves e as asas dos insetos)

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